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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

A solo, mas solidária

marnie_2017

 

"Where's the revolution? Come on, people, you're letting me down", questionam e desabafam os Depeche Mode no primeiro single do seu novo álbum. "Is there anybody out there speaking the truth? Don't believe what they tell you", dispara por sua vez Helen MARNIE, uma das vocalistas da banda que melhor tem seguido os passos, neste milénio, da escola da pop electrónica que Dave Gahan e companhia ajudaram a criar há quatro décadas.

 

Mas enquanto os Ladytron não anunciam um sucessor para o já distante "Gravity the Seducer" (2011), um dos seus elementos já vai a caminho do segundo álbum em nome próprio. Como sugere o novo single, "LOST MAPS", o alinhamento do disco que se segue a "Crystal World" (2013) e está previsto para 2 de Junho é mais político, desde logo no título, "Strange Words and Weird Wars". E se o cartão de visita anterior, o brilhante e irresistível "Alphabet Block", não o deixava muito evidente, a letra da nova aposta é bem mais esclarecedora.

 

"Is anybody out there looking for you? Do they know what you've been through?", pergunta Marnie, e as frases ganham outra ressonância no videoclip, com inspiração directa na crise dos refugiados. Tal como os Depeche Mode, a britânica arrisca medir o pulso do clima social sem adiantar grandes soluções, mas nem eram necessárias imagens para a canção ganhar um sentido de urgência assinalável: basta a marcha synthpop, imponente e infecciosa, e uma voz que continua a ser das mais confiáveis destes tempos entre texturas electrónicas: