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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

A tradição ainda é o que era

the_hidden_cameras_2016

 

Lady Gaga não foi a única a saltar da pop electrónica para a country este ano. Embora bastante menos falados do que a autora de "Joanne", os HIDDEN CAMERAS regressaram depois do muito aconselhável "Age" (2014) com o acústico "Home On Native Land".

 

Longe da indie pop barroca dos primeiros discos e da aproximação à música de dança que se seguiu, o sétimo álbum do projecto de Joel Gibbs marca o reencontro do cantor com as suas raízes canadianas, o que explicará o tom menos experimental de um alinhamento entre a country e a folk. E nem a presença de convidados como Rufus Wainwright, Feist, Ron Sexsmith ou Neil Tennant (dos Pet Shop Boys) impede que o resultado seja bastante mais comedido e sóbrio do que os registos anteriores.

 

Embora não haja por aqui nada com a pujança de "Carpe Jugular", a voz de Gibbs não se dá mal com ambientes tradicionais e outonais, mesmo que também não pareça querer acrescentar muito. Às vezes até recua algumas décadas, como em "DARK END OF THE STREET", uma das duas versões do cantautor Tim Hardin incluídas no disco e dos momentos mais conseguidos. A canção é também a nova aposta oficial para o álbum e já tem videoclip - protagonizado, como quase sempre, pelo mentor do projecto, aqui tão melancólico como a música: