Adaptação da novela gráfica "Surrogates", de Robert Venditti e Brett Weldele, "Os Substitutos" une acção e ficção científica numa história ambientada num futuro próximo.
Em 2017, todos os seres humanos passam os dias em casa enquanto robôs tomam o seu papel na socidedade - neste caso, réplicas perfeitas aos quais estão ligados mentalmente. Ou pelo menos é assim até ao dia em que um dos robôs é destruído, situação que gera também a morte do seu dono.
Através deste ponto de partida, Bruce Willis regressa aos papéis de acção que o celebrizaram, aqui na pele de um intrépido agente do FBI que vai tentar descobrir os reponsáveis pelo crime.
Jonathan Mostow, o realizador de serviço, não costuma ser especialmente entusiasmante - ver "Exterminador Implacável 3 - Ascensão das Máquinas" ou "Submarino U-571" -, mas se este for um blockbuster tão eficaz como "Die Hard 4.0 - Viver ou Morrer", a última aposta de Willis no género, já não será tempo perdido.
Depois de, a meio dos anos 90, terem vivido o pico da sua popularidade - muito por culpa de um single como "Lovefool", que se disseminou por todo o lado -, no final da década os CARDIGANS optaram por surpreender quem deles esperava mais três minutos de pop açucarada.
Não é que uma faceta mais negra não tenha estado presente até aí - basta ler as letras com atenção -, mas só em "GRAN TURISMO" (1998), o seu quarto álbum, é que o quinteto sueco mergulhou em atmosferas mais sinuosas.
Com heranças do trip-hop e mesmo de alguma música industrial, o álbum é ainda o mais consistente e intrigante do grupo, e mesmo que não prescinda de alguns momentos imediatos (caso de "Erase / Rewind"), a maioria dos temas são óptimos exemplos de pop electrónica desafiante (comprovável na perfeição de "Paralyzed" ou "Explode").
No disco seguinte, "Long Gone Befor Daylight", (2004), a banda protagonizou outra viragem de 180º, com um conjunto de canções de travo mais folk e country, territórios em que tem apostado.
Para recordar fica aqui um dos momentos mais trepidantes e emblemáticos, o single "MY FAVOURITE GAME", cujo videoclip foi censurado por algumas televisões mas pode ser visto aqui com os seus quatro finais (e todos demonstram que não será muito sensato emprestar o carro a Nina Persson):