25 anos dos Mão Morta (3): A movida bracarense
"Ser de Braga é sempre um inconveniente num país em que tudo se passa em Lisboa", confessa Adolfo Luxúria Canibal, embora conceda que, poucos anos antes dos Mão Morta surgirem, "havia um grupo de pessoas a organizar festas, concertos e exposições".
Essas iniciativas resultaram numa "movida, utilizando o termo espanhol", conta ainda o vocalista, aludindo ao comparável fenómeno madrileno que marcou também o início dos anos 80 (ainda que a um nível mais expressivo e alargado).
Mesmo assim, esta agitação cultural "que agora é mítica" não teve, nesses dias, uma repercussão mediática à altura - "porque era Braga, porque estava a quase 400 quilómetros de Lisboa", defende o músico.
António Rafel, co-compositor, teclista e guitarrista, considera que aí "as pessoas faziam música porque gostavam. Hoje, ao fim de seis meses já querem gravar um disco, já acham que vão fazer uma tournée. Na altura, o cachet não era um problema".
Os depoimentos completos dos dois músicos podem ser vistos neste vídeo:
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