Versão 2.0
Jon Favreau não é Christopher Nolan e "Homem de Ferro 2" não é "O Cavaleiro das Trevas". Nem sequer quer ser. E também não precisa. Tal como o filme antecessor, esta sequela não tenta ser mais do que entretenimento e volta a acertar em cheio nesse propósito.
Felizmente, para Favreau entretenimento não equivale necessariamente a duas horas de acção desmiolada e piadas de gosto duvidoso. E isso nota-se num filme que sabe aproveitar o potencial das suas personagens, com destaque inevitável para Robert Downey Jr. num daqueles exemplos de casting perfeito (é já impensável considerar outro actor para o papel de Tony Stark).
Admita-se que por vezes há algumas sequências inconsequentes (como a luta na festa em casa do protagonista) e que o romance com Pepper Potts, embora bem desenvolvido, retira parte da vertente playboy de Stark (precisamente um dos elementos que o distingue na BD, assim como o alcoolismo, que também fica por explorar).
Em contrapartida os vilões de serviço são mais interessantes do que o do primeiro filme e os crossovers, já históricos nos livros da Marvel, começam finalmente a ganhar espaço no grande ecrã. Uma nova aparição de Nick Fury ou a introdução da Viúva Negra preparam terreno para Os Vingadores. E quem esperar pelo final dos créditos tem um intrigante teaser para o super-herói que se segue.