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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Corre Hanna corre

 

Em "Hanna", Joe Wright troca a placidez dos seus dramas de época - "Orgulho e Preconceito" e "Expiação" - por um thriller quase sempre trepidante e futurista q.b..

 

Infelizmente, ao contrário desses primeiros filmes, esta experiência no cinema de acção não convence. É certo que realizador britânico continua a ter fulgor visual para dar e vender - veja-se o plano-sequência com Eric Bana numa estação de metro, tão exibicionista quanto admirável - e a recrutar actores que quase justificam, por si só, o preço do bilhete - a sempre excelente Saoirse Ronan, como protagonista, e uma pérfida Cate Blanchett, na pele da vilã de serviço, merecem ser vistas.

 

Estes trunfos não compensam, mesmo assim, as personagens de cartolina (nem o imperdoável esquecimento de um grupo de secundários na recta final do filme), uma narrativa em que o estilo se sobrepõe à coerência (com direito a banda-sonora dos Chemical Brothers metida a martelo) ou um jogo do gato e do rato que, nos últimos minutos, parece querer testar os limites do ridículo, com algumas das sequências de perseguição mais toscas e forçadas do ano.

 

Espera-se que esta correria high-tech seja apenas passageira e que em breve Wright volte ao porto seguro - e bem mais estimulante - que o tornou numa das promessas recentes do cinema britânico. Ou que caso volte a correr, seja rumo a uma meta mais definida e satisfatória.

 

 

A feiticeira hedonista

 

"On a Mission", o primeiro álbum de Katy B, continua a ser um dos mais frescos deste Verão, sobretudo numa pista de dança.

 

Quem ainda não se deixou contagiar pela cantora britânica - e pela não menos importante equipa de produtores que a acompanha - talvez não lhe tenha prestado atenção suficiente, e por isso já chegou mais um novo single (o quinto) para não deixar que o disco fique esquecido.

 

"Witches' Brew" é um argumento de peso e, embora Katy assuma aqui o papel de uma bruxa, no fundo só nos quer fazer dançar. E ninguém pode culpá-la por isso, sobretudo quando a canção em questão, com pozinhos de dubstep, 8 bit ou drum n' bass, resulta num dos feitiços mais desarmantes do álbum:

 

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