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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Fundo de catálogo (77): Richard X

 

Numa altura em que David Guetta ou o quase tão cansativo Calvin Harris somam colaborações com estrelas pop, não era nada mau que Richard X lhes seguisse o exemplo - subindo, muito provavelmente, a fasquia do electro que tem sido assimilado pelo mainstream.

 

Nos últimos tempos, os Sound of Arrows, Goldfrapp ou Sophie Ellis-Bextor recorreram aos serviços do produtor britânico, mas ainda é pouco, já que há cerca de dez anos a sua assinatura estava em alguma da pop mais refrescante de então - em "Freak Like Me", das Sugababes, ou nos primeiros passos de Annie ou M.I.A. - e prometia disseminar-se.

 

Parte dessas colaboradoras participou também no seu único álbum, "Richard X Presents His X-Factor Vol. 1" (2003), autêntica festa com uma guest list improvável e sem preconceitos: o alinhamento tanto deu espaço a nomes surgidos em concursos televisivos (Liberty X, Javine) como a veteranas esquecidas (Deborah Evans-Strickland, Caron Wheeler), passando por referências mais familiares e "legitimadas" (Jarvis Cocker, Tiga).

 

Admitindo encarar cada canção como um potencial single, Richard X cumpriu-o a rigor nesse disco, que funciona quase como uma estreia e um best of - marcado por faixas assumidamente plásticas e lúdicas, capazes de juntar imaginação e sentido de humor.

 

O álbum ficou também como um documento importante para a história dos mashups/bastard pop, juntando o velho (e nem sempre muito interessante) para criar algo novo. É o caso deste "Finest Dreams", com Kelis, single nascido de uma mistura entre "The Finest", da The SOS Band com Alexander O'Neal, com "The Things That Dreams Are Made Of", dos Human League: