O lançamento da caixa "Blur 21" ou o concerto de despedida no final dos Jogos Olímpicos são bons motivos para recordar o percurso dos Blur. Não que fossem necessárias desculpas para lembrar uma das melhores bandas britânicas dos anos 90, mas a reedição da sua discografia e a actuação deste domingo acabam por encorajar a (re)descoberta dos seus álbuns - que não deverão ter sucessores, pelo menos tão cedo. A história dos rapazes, de "Shes's So High" a "Under the Westway", conta-se em três partes no especial do SAPO Música:
As TEEN começaram quando a colaboração de Teeny Lieberson com os Here We Go Magic acabou. A ex-teclista da banda de Brooklyn juntou-se às duas irmãs e a duas amigas para continuar a fazer música, deixou o bairro nova-iorquino durante uns tempos e instalou-se numa zona rural de Connecticut para compor e gravar.
A julgar pelas amostras que têm chegado, as canções das TEEN até são mais interessantes do que as do seu projecto anterior, e em vez de uma folk mutante resgatam elementos pós-punk sem se limitarem a coleccionar influências sonantes.
Uma opinião mais definitiva só poderá chegar com a audição do álbum de estreia, "In Limbo", editado a 27 de Agosto, mas para já algumas das primeiras amostras prometem. É o caso dos dois singles de avanço, "Electric", que pede que aguardemos pelo refrão antes de terminar numa nuvem instrumental (com videoclip directamente saído dos anos 60), e "Better", que não poupa teclados e sintetizadores numa composição mais circular (acompanhada por um retrato veraneante no teledisco):