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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Uma estrela no escritório

 

Apontado para inícios deste ano, o segundo álbum das Telepathe parece continuar a ter a data de edição adiada. "Dance Mother", uma das surpresas de 2009, tem envelhecido muito bem e, por isso, a expectativa para um sucessor é ainda maior, mas a dupla de Brooklyn deixa poucas ou nenhumas pistas sobre o dia da sua chegada.

 

Por enquanto, Busy Gangnes e Melissa Livaudis estão ocupadas com a digressão europeia (cuja agenda, infelizmente, não inclui Portugal), e vão dando a conhecer, pelo menos, algum material novo, ou quase. "Slow Learner", que já tinha sido revelada ao vivo no ano passado, é agora uma aposta promocional oficial com videoclip como complemento.

 

As imagens, em vez de ilustrarem a letra, propõem uma manobra de sedução num escritório com muita imaginação e alguma vergonha alheia. A canção, com synth pop descendente de Gary Numan e actualizada por uma voz reconhecível, faz esperar o melhor do novo disco das meninas. O pior é mesmo a espera...

 

Meninos do coro, mas com alma electro

 

Quem precisa de instrumentos quando tem dezenas de vozes e mãos à disposição? O Capital Children's Choir não precisa e é assim que apresenta a sua versão de um tema dos Crystal Castles, feita sem recurso aos sintetizadores e percussão do original ou a quaisquer equivalentes que não dependam exclusivamente dos seus elementos.

 

Esta não é a primeira vez que o coro londrino, composto por centenas de crianças e adolescentes, se aproxima da pop, como o atestam muitas e boas releituras de canções de Lady Gaga, Spiritualized, Stevie Wonder, Lily Allen ou Björk, entre outras. Apesar deste eclectismo, a escolha de "Untrust Us", da dupla canadiana, não deixa de ser arriscada e surpreendente (sobretudo porque o tema nem foi single e critica, para quem conseguir perceber, o consumo de cocaína). Mas mais surpreendente do que a aposta é mesmo a abordagem, sem a vertente (talvez demasiado) angelical de outras versões embora com candura suficiente para equilibrar a estranheza do original.

 

Quando tanta da música de e/ou para crianças mais propagada não anda longe de um atentado auditivo (ou a que se dirige a outras faixas etárias, já agora), pequenas maravilhas como esta permitem respirar de alívio durante três ou quatro minutos. Ou mais, porque o novo clássico gravado nos estúdios Abbey Road não merece só uma audição:

 

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