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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Este robô é um mimo

rhcp_go_robot

 

Apesar de "The Getaway", o novo álbum dos RED HOT CHILI PEPPERS, ser o primeiro em 25 anos (!) sem Rick Rubin na produção - que deu aqui lugar a Danger Mouse -, os californianos continuam iguais a si próprios ao longo do alinhamento. Tanto para o bem - quem já gostava deles não deverá mudar de ideias - como para o mal - dificilmente conseguirão convencer os que os acusam de estarem demasiado agarrados a uma fórmula.

 

Mesmo assim, de vez em quando o quarteto lá se permite desviar-se, ainda que ligeiramente, da sonoridade de marca que o single de apresentação, "Dark Necessities", voltou a assegurar. Um exemplo disso, talvez o melhor do álbum, é a aposta oficial mais recente, "GO ROBOT". Comandado por um baixo pegajoso, com sintetizadores e percussão vincados q.b. a acompanhar, é um dos singles mais refrescantes do grupo em anos e ainda chega a tempo de arranjar lugar na banda sonora deste Verão (estação com a qual os RHCP continuam a dar-se especialmente bem).

 

O travo disco do tema não é acidental e tem seguimento no videoclip, declaradamente inspirado em "Febre de Sábado à Noite" e rodado em alguns locais pelos quais John Travolta passou nos anos 1970, em Brooklyn. Mas desta vez o protagonista é mesmo Anthony Kiedis, em modo tão bamboleante como de costume mas a aceitar o desafio de um extreme makeover. O hedonismo da canção sai reforçado com as imagens e a festa também deverá agradar aos fãs da série "The Get Down", de Baz Luhrmann, outra das boas novidades da temporada:

 

 

Os melhores filmes do século, sem "Mulholland Drive" e com super-heróis

donnie_darko

 

Aproveitando a deixa da BBC, que listou há uns dias os 100 melhores filmes deste século, tentei chegar a um top 10 pessoal sobre as estreias dos últimos 16 anos. Não me passou pela cabeça escolher "Mulholland Drive", o vencedor do balanço das opiniões de centenas de críticos, mas curiosamente ainda partilho duas escolhas com as dez primeiras  da lista original. E até poderia partilhar três, já que quase cabia aqui "Boyhood: Momentos de Uma Vida", como caberiam muitos outros (de "A Vida Não é Um Sonho" ou "Relatório Minoritário", apesar de nem terem saído muito a ganhar com revisionamentos recentes, aos mais discretos "Podes Contar Comigo" ou "L.I.E - Sem Saída"). Tendo em conta que chegar à lista final já foi suficientemente complicado, a ordem possível é mesmo a alfabética e não a de preferência:

 

"A Nossa Vida", Daniele Luchetti (2010)
"As Canções de Amor", Christophe Honoré (2007)
"Cidade de Deus", Fernando Meirelles e Kátia Lund (2002)
"Divertida-mente", Pete Docter (2015)
"Donnie Darko", Richard Kelly (2001)
"Gran Torino", Clint Eastwood (2008)
"O Despertar da Mente", Michel Gondry (2004)
"Scott Pilgrim Contra o Mundo", Edgar Wright (2010)
"Uma Separação", Asghar Farhadi (2011)
"Volver - Voltar", Pedro Almodóvar (2006)