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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Açúcar para saudosos dos anos 90 (ou para quem só precise de uma boa canção)

slowdive

 

Dos My Bloody Valentine aos Ride, dos Lush aos Swervedriver, não são poucas as bandas dos primeiros dias do shoegaze que têm regressado aos palcos e aos discos. À lista, que também inclui os padrinhos do género Jesus & Mary Chain (com novo álbum editado há poucos dias), juntam-se agora os SLOWDIVE, que até 2017 só tinham voltado a juntar-se para concertos.

 

Em Janeiro, a banda de "Souvlaki" já tinha avançado um inédito - o primeiro em 22 anos -, "Star Roving", digno sucessor da sua faceta mais efervescente, e esta semana confirnou que esse não é o único original de 2017. Há mais sete no quarto álbum dos britânicos, homónimo, que deverá chegar a 5 de Maio.

 

Entretanto já chegou o novo single, "SUGAR FOR THE PILL", canção mais discreta do que aquela revelada há poucos meses mas não necessariamente menos interessante. Em vez de agarrar à primeira, vai conquistando aos poucos e é daquelas valorizadas por audições repetidas, que permitem reparar melhor no entrosamento das vozes sussurrantes de Neil Halstead, a comandar o tema, e de Rachel Goswell, que o acompanha e ajuda a dar embalo ao refrão. O acesso instrumental lá para o fim, e a guitarra em particular, consolida um regresso que, para já, faz sentido, mesmo que tenham nascido muitos sucessores desta melancolia etérea nos anos que se seguiram a "Pygmalion" (1995), até aqui o último álbum do grupo. Venha Maio para termos a resposta completa, mas o videoclip também sedimenta a boa impressão inicial, sem histerias:

 

 

Euforia nostálgica

health

 

Tardou, mas chegou. Depois de terem editado um disco de remisturas por cada álbum de originais, os HEALTH voltam a cumprir a tradição com "DISCO3", lançado dois anos após "Death Magic". Mas além de novas visões a cargo dos Preoccupations ou Purity Ring, o alinhamento deixa alguns temas inéditos enquanto não surgem doses mais generosas de material novo.

 

Entre as boas novidades está a faixa de abertura e novo single, "EUPHORIA", cujo videoclip revisita os últimos dez anos dos norte-americanos com imagens de vídeos anteriores e concertos, memórias que vão bem com o tom nostálgico da letra. Já na sonoridade o grupo não faz tanta questão de olhar para trás: os ambientes próximos do noise parecem ter ficado decididamente no passado e deram lugar à pop electrónica, que começou a ganhar espaço em "Get Color" (2009) e acentuou o interesse pelo formato canção (para desgosto de muitos fãs iniciais e gáudio de uma nova geração de interessados).

 

Quem aderiu à fase recente da banda - algures entre Trust e os Crystal Castles e mais ancorada na voz de Jacob Duzsik - não deverá sair desiludido, até porque esta euforia sempre é mais desafiante do que muita EDM que dá mau nome à pop sintética:

 

 

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