Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Esta rentrée começa na pista de dança

The-Hidden-Cameras-Photo-by-MaxZerrahn.jpg

Há quase dez anos que os HIDDEN CAMERAS não editam um álbum. "Home on Native Land" (2016) continua a ser o mais recente do projecto de Joel Gibb, mas o sucessor está finalmente quase aí: "BRONTO", o oitavo longa-duração, é esperado para a próxima sexta-feira, 12 de Setembro.

Composto em Berlim, onde o cantautor e multi-instrumentista canadiano reside há cerca de uma década, e gravado em Munique com o produtor alemão Nicolas Sierig, é descrito como um mergulho na house, no techno e na electropop, territórios dos quais esta discografia, que arrancou com uma indie pop barroca, já se tinha aproximado na viragem do muito recomendável "Age" (2014).

Ainda assim, os primeiros singles vincam que Gibb está mais próximo do que nunca da pista de dança neste novo capítulo. A jornada de "How do you love?", "Undertow", "Quantify" e "Brontosaurus Law" passa pela EBM e pelo disco, tem contaminações óbvias dos Depeche Mode ou dos Bronski Beat e a filiação aos anos 80 mais sintéticos completa-se com remisturas dos Pet Shop Boys e Vince Clarke.

Bronto.jpg

Uma escola bem distante, portanto, da aventura que começou no início do milénio e era então definida pelo artista de Toronto como uma proposta de "gay church folk music". Owen Pallett, outro canadiano revelado ao mundo nessa altura (numa cena alternativa local que integrou também os Arcade Fire, Broken Social Scene, Wolf Parade, Stars ou Metric, entre outros), surge como cúmplice de algumas das novas canções, assumindo os arranjos de cordas.

Além do lançamento do álbum, há outra boa notícia: Gibb vai trazê-lo à Casa Capitão, em Lisboa, a 12 de Dezembro (concerto inicialmente previsto para o malogrado Musicbox), num espectáculo a solo que alternará entre o electrónico e o acústico, temas recentes e revisitações de um catálogo versátil e já considerável.

Pág. 2/2