GRANDES ESPERANÇAS, RESULTADOS MEDIANOS
Adaptada já várias vezes para cinema – e não só -, “Oliver Twist” é um dos livros mais emblemáticos e intemporais de Charles Dickens, contendo um apelo que atravessou épocas e gerações e que continua a ser fonte de inspiração para novas obras.
Roman Polanski é o nome mais recente a adaptar o clássico do escritor britânico para domínios da sétima arte, mas o resultado fica aquém das expectativas, tendo em conta que provém de um cineasta que gerou títulos seminais como “Chinatown” ou “A Repulsa”.
Embora esteja longe de ser um mau filme, este “Oliver Twist” também não possui atributos que o tornem especialmente marcante, limitando-se a oferecer uma mera ilustração do livro e raramente incorporando uma visão pessoal do realizador.
Roman Polanski é o nome mais recente a adaptar o clássico do escritor britânico para domínios da sétima arte, mas o resultado fica aquém das expectativas, tendo em conta que provém de um cineasta que gerou títulos seminais como “Chinatown” ou “A Repulsa”.
Embora esteja longe de ser um mau filme, este “Oliver Twist” também não possui atributos que o tornem especialmente marcante, limitando-se a oferecer uma mera ilustração do livro e raramente incorporando uma visão pessoal do realizador.
Polanski proporciona uma película competente, é certo, com uma credível reconstituição de época (tanto nos cenários como no guarda-roupa) e fotografia apelativa que ajuda a consolidar atmosferas cruas e realistas, contudo a narrativa, demasiado convencional e linear, vai perdendo o fôlego e não é capaz de assegurar que o filme se desenvolva com fluidez e consistência.
Durante a maior parte da sua duração, “Oliver Twist” assemelha-se mais às correctas e polidas mini-séries da BBC dedicadas a obras de época do que a um filme que se esperaria de Roman Polanski, exceptuando “O Pianista”, que sendo meritório evidenciava as mesmas limitações (embora ambos sejam francamente mais interessantes do que “A Nona Porta”, esse sim um filme banal e desinspirado).
Barney Clark, que interpreta o pequeno protagonista, é uma segura revelação e consegue fazer com que haja alguns momentos genuínos e comoventes, mas infelizmente estes são escassos e surgem entre cenas demasiado demonstrativas e esquemáticas, que tanto poderiam ser concebidas por Polanski ou por um realizador eficaz mas sem universo próprio.
Leanne Rowe apresenta também um desempenho envolvente na pele da relutante Nancy, assim como o veterano Ben Kingsley que encarna um intrigante Fagin, no entanto nem estas boas contribuições conseguem fazer com que o filme ultrapasse a mediania.
“Oliver Twist” é simpático e sóbrio, mas exigia-se melhor devido ao material-base e ao responsável pela adaptação. O resultado é um filme de que apetece gostar, contudo vale mais por aquilo que pretende transmitir do que pelo que consegue ser, o que é uma pena.
Durante a maior parte da sua duração, “Oliver Twist” assemelha-se mais às correctas e polidas mini-séries da BBC dedicadas a obras de época do que a um filme que se esperaria de Roman Polanski, exceptuando “O Pianista”, que sendo meritório evidenciava as mesmas limitações (embora ambos sejam francamente mais interessantes do que “A Nona Porta”, esse sim um filme banal e desinspirado).
Barney Clark, que interpreta o pequeno protagonista, é uma segura revelação e consegue fazer com que haja alguns momentos genuínos e comoventes, mas infelizmente estes são escassos e surgem entre cenas demasiado demonstrativas e esquemáticas, que tanto poderiam ser concebidas por Polanski ou por um realizador eficaz mas sem universo próprio.
Leanne Rowe apresenta também um desempenho envolvente na pele da relutante Nancy, assim como o veterano Ben Kingsley que encarna um intrigante Fagin, no entanto nem estas boas contribuições conseguem fazer com que o filme ultrapasse a mediania.
“Oliver Twist” é simpático e sóbrio, mas exigia-se melhor devido ao material-base e ao responsável pela adaptação. O resultado é um filme de que apetece gostar, contudo vale mais por aquilo que pretende transmitir do que pelo que consegue ser, o que é uma pena.
E O VEREDICTO É: 2,5/5 - RAZOÁVEL