Fundo de catálogo (10): Soft Cell
Para muitos terão ficado apenas associados a "Tainted Love", versão de uma canção de Gloria Jones e o seu maior êxito até hoje, mas os SOFT CELL apresentaram, no seu disco de estreia, uma série de temas que vão muito além desse trauteável single synth-pop.
Em 1981, "NON-STOP EROTIC CABARET" ofereceu um invulgar retrato da noite britânica, tão sedutor quanto lascivo, onde a dupla de Marc Almond e David Ball se debruçou em histórias de crime, obsessão e transgressão, narradas em canções como a sinuosa "Seedy Films", a estupenda "Sex Dwarf" ou a arrepiante "Youth", que deixo aqui em baixo.
O álbum, que marcaria nomes como os Nine Inch Nails, Sneaker Pimps ou Fischerspooner, é reeditado esta semana e permanece ainda como um exemplo da pop mais ousada e inventiva da sua década. E comprova que há muito mais para relembrar além de "Tainted Love". Se passar por aqui alguém que organiza as tão recorrentes festas dos anos 80, dê especial atenção a este post.