Fundo de catálogo (16): Neneh Cherry
Não tem dado muito nas vistas nos últimos anos, mas há duas décadas lançou um dos discos de estreia mais frescos e influentes da altura. Com "Raw Like Sushi" (1989), Neneh Cherry apresentou uma excelente voz, uma atitude igualmente forte e um eclectismo que uniu hip-hop, funk ou soul a elementos electrónicos.
Tanto aí como no registo sucessor, "Homebrew" (1992), antecipou o que viria a ser designado por trip-hop e contou, por exemplo, com a produção de Robert Del Naja, dos Massive Attack, no primeiro disco, e de Geoff Barrow, dos Portishead, no segundo, antes de estes criarem os respectivos projectos que seriam reconhecidos como os mais marcantes do género.
Além disso, abriu caminho para meninas como Kelis, M.I.A. ou mesmo Missy Elliot, com a vantagem de ter álbuns mais consistentes, mas infelizmente desde o último ("Man", 1996) surgiu apenas em ocasionais colaborações com o irmão, Eagle-Eye Cherry (adiante...), 1 Giant Leap, Groove Armada, Gorillaz ou Kleerup.
Enquanto não se faz uma petição para outro disco, fica aqui o videoclip de "MANCHILD", um dos singles do registo de estreia que não perdeu a frescura:
Neneh Cherry - "Manchild"