Fundo de catálogo (28): Cranes
O seu sétimo álbum, homónimo, passou quase despercebido no ano passado, e agora que reeditam o terceiro, "LOVED" (1994), os CRANES também não deverão ser alvo de grandes atenções.
O que é pena, até porque este é um melhores discos de uma banda que tem conseguido manter um percurso consistente desde finais dos anos 80.
Formados em Portsmouth, os britânicos destacaram-se pela voz única e arrepiante de Alison Shaw e pelas atmosferas entre o shoegaze, o industrial e a dream pop com que a complementaram, abrindo caminho para grupos como os 12 Rounds ou os Whale.
Recentemente têm optado por rumos mais electrónicos e ambientais, ainda interessantes embora não tanto como os dos primeiros álbuns, onde grande parte da aura enigmática e viciante da sua música provinha da densidade das guitarras - não muitos distantes das dos também saudosos Lush ou Curve.
Vale a pena, por isso, (re)descobrir "LOVED", onde se encontram várias canções que mostram os CRANES no seu melhor. Aqui fica uma delas: