Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Amor electro

 

A banda disse que o concerto de ontem no Coliseu de Lisboa foi o primeiro "a sério" em Portugal, mas as outras passagens dos Cut Copy por cá já tinham deixado óptima impressão - aliás, se a actuação desta quarta-feira não ficou a dever nada às dos festivais, até esteve um pouco aquém da do Lux.

 

Mas mesmo mais curto e com um alinhamento mais irregular do que o de há três anos, o espectáculo dos australianos não deixou de ser, como sempre, uma festa ininterrupta. "Hearts on Fire" e "Out There in the Ice" resultaram em qualquer coisa do outro mundo, com um trabalho de luzes mais forte a ajudar à euforia rave.

"Saturdays", infelizmente a única revisitação de "Bright Like Neon Love" (2004), fechou com um inesperado - e apropriado - pico de techno maximal.

Os transes espaciais de "Corner of the Sky" e da longa "Sun God" foram um bom contraste com os singles mais poppy, mostrando o que "Zonoscope" poderia ter sido - ou (wishful thinking) o que o próximo álbum poderá ser.

 

E no meio de tanta electrónica, o multi-instrumentista Tim Hoey não se esquivou a alguma guitarrada, servida com coolness, sentido de humor e entrega.

"Lisboa é a minha cidade preferida de todo o mundo", confessou, pouco antes de terminar aquele que terá sido, sem grandes hesitações, o concerto preferido dos últimos tempos para muitos espectadores saltitantes. Se o final tivesse direito a emoticon, seria um smiley gigantesco da capital portuguesa para Melbourne, garrido e merecido.

 

 

 

 Vídeo @ruipmiguel