A vida é feita de mudança (e algumas canções também)
Chama-se N*JOY, é uma dupla formada pelo casal Tim Keen (ex-baterista dos Ought) e Nina Vroemen e, para já, tem apenas um single para mostrar. Mas é um single que anuncia um novo percurso de forma incrivelmente inspirada.
"MORPH ME", canção que parte da ideia de mudança e crescimento, oferece uma bomba para pistas de dança esclarecidas ao conjugar imediatez e imprevisibilidade, com a mutação rítmica a ser acompanhada pela alternância de vozes do duo canadiano, tanto ao natural como distorcida. Algures entre a estranheza de TR/ST, projecto do conterrâneo Robert Alfons, e os Chemical Brothers mais elásticos e espirituosos ("Once a seed, now a slut", entoa Vroemen), deixa um tremendo cartão de visita e faz pedir novidades para ontem.
Sem planos revelados, a banda adianta que irá partilhar mais temas à medida que os for criando e sugere que a exploração da música de dança deverá manter-se, uma vez que foi um universo do qual se aproximou durante a pandemia (em especial da PC Music, escola que se faz notar num single sintético e maximal).
O videoclip, dirigido por Vroemen, já dá sinais de um imaginário próprio (e alucinado), que tal como a canção tem raízes na mitologia dos animorfos: