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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Ainda há alegria (e energia) nestas guitarras

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"Into the Blue", o quinto álbum dos THE JOY FORMIDABLE, chegou dez anos depois do primeiro, "The Big Roar" (2011), e mostra uma banda que não só não perdeu o entusiasmo como soa mais explosiva do que nunca.

Se nos discos anteriores os galeses seguiam de forma competente, embora sem muitos sinais particulares, por uma estrada entre a dream pop, o shoegaze ou o rock de perfil indie - às vezes não muito longe dos Howling Bells, Blood Red Shoes ou Wolf Alice -, o novo tem provavelmente o alinhamento mais coeso deste percurso e das suas canções mais estimulantes, algumas com uma garra mais habitualmente associada a quem está a começar do que a um grupo já com uma obra extensa q.b. (além de álbuns, o trio editou vários EPs).

Temas como "Chimes", "Gotta Feed My Dog" ou "Bring It to the Front" asseguram a pujança de um álbum de guitarras que, mesmo não querendo inventar nada, ajuda a relembrar que o rock está longe de ter os dias contados enquanto houver quem o defenda assim.

"Somewhere New" é a excepção que confirma a regra, num (bem-vindo) episódio acústico, mais próximo da folk, e com o baixista Rhydian Dafydd a assumir também o papel de vocalista em vez da habitual Rhiannon Bryan. Mas é ela quem dá voz ao grande momento do disco (e dos mais notáveis desta discografia), em "SEVIER", o quinto e último single, particularmente musculado. É uma canção que entra logo a matar e segue em crescendo, entre efeitos de guitarra e bateria insistente, ritmo propulsivo e vertiginoso, com um frenesim desmesurado a pedir um palco - ou então um lago, cenário de um videoclip em modo lo-fi: