Apetece-nos algo bom
OSCAR diz-se fã dos Elastica ou dos Wannadies e "Cut and Paste", o seu álbum de estreia, não engana: tal como esses dois nomes mais ou menos esquecidos da década de 90, o cantautor e multi-instrumentista londrino sabe criar um refrão orelhudo que não se gasta à primeira - como já sabia, aliás, num EP promissor editado há dois anos.
O título do disco também não engana: há pouco de novo nesta indie pop (sempre muito brit), com cortes e colagens que remetem para os Blur dos primeiros tempos (outra paixão assumida) ou para os Smiths (aqui culpa da voz de barítono, comparada à de Morrisey, ou pela melancolia ocasional destas canções soalheiras).
Mas a urgência da novidade conta pouco quando as dez faixas do álbum passam a correr - algumas nem chegam aos três minutos - e a maioria candidata-se seriamente a paixoneta de Verão (pelo menos). É o caso de "GOOD THINGS", o novo single, com direito a tempero dub entre o tal refrão açucarado: