Das guitarras dos The Strokes aos sintetizadores dos The Knife
Está bem encaminhado, o terceiro álbum dos REY PILA. "Velox Veritas", produzido por Dave Sitek (dos TV on the Radio), chega já este mês, dia 21, e teve uma amostra promissora em "Let It Burn", canção que levou a música dos mexicanos para domínios mais densos e electrónicos.
"CASTING A SHADOW" e "DROOLING", os novos singles, também seguem esses passos em relatos existenciais e sinuosos: o primeiro ainda com a presença forte da guitarra (numa homenagem a Brian May, um dos ídolos do grupo), a contribuir para o compasso contagiante, o segundo a testar novos territórios, entre influências dancehall e sintetizadores na linha de uns The Knife, que acentuam um ritmo mais lento e ansioso. E são boas variações de um rock dançável que, em alguns momentos dos discos anteriores, parecia dever demasiado à escola dos The Strokes (tanto que Julian Casablancas acabou por acolher a banda na sua editora, a Cult Records, e foi produtor de alguns temas).
Os videoclips também apontam caminhos sombrios q.b., mesmo que as canções se mantenham orelhudas - um a preto e branco, com alusões à fase expressionista do cinema alemão, outro uma animação dominada pelo esoterismo de rituais vodu: