Fundo de catálogo (44): Marc Almond
Se é injusto reduzir a discografia dos Soft Cell à versão de "Tainted Love" (de longe o seu tema mais popular), não o é menos associar MARC ALMOND apenas ao seu percurso como vocalista da dupla
O britânico não só desenvolveu, em inícios dos anos 80, colaborações com outros projectos como arrancou, com "Mother Fist and Her Five Daughters" (1987), uma obra a solo que tem tido continuidade.
Nos seus registos em nome próprio mantém a carga teatral e o gosto pela electrónica mas testa também outros ambientes, moldando uma discografia que inclui versões de Jacques Brel ("Jacques", 1989), uma parceria com o islandês Jóhann Jóhannsson ("Stranger Things", 2001) ou heranças da música tradicional russa ("Heart on Snow", 2003, e "Orpheus in Exile: Songs of Vadim Kozin", 2009).
Em "OPEN ALL NIGHT" (1999) apresentou uma bela colecção de canções nocturnas e introspectivas, e também aí conseguiu desviar-se da synth-pop praticada pela banda que integrou - contando então com duas colaborações de peso, Kelli Ali (ex-vocalista dos Sneaker Pimps) e The Creatures (Siouxsie Sioux e Budgie), em "Almost Diamonds" e "Threat of Love", respectivamente.
"BLACK KISS", revisitada no vídeo abaixo (ao vivo), nem é das canções mais representativas de um álbum influenciado por atmosferas trip-hop e downtempo, mas mostrou que, mesmo sem os Soft Cell, Almond continuou capaz de criar um clima de festa bas fond. Mais serenos foram "TRAGEDY" e "MY LOVE", os outros dois singles, que tiveram direito a videoclips: