Há sangue novo no rock francês
Ao lado de bandas como Requin Chagrin, Daisy Mortem ou Modern Men, os MAUVAIS SANG têm dado novo fôlego ao rock francês desde 2016. Formados pelo guitarrista Mathis Saunier e pelo vocalista Léo Simond na Alta Sabóia e hoje com membros que vivem em Paris, Lyon, Genebra e Londres, apresentaram-se em "Des corps dans le décor" (2022), álbum tão visceral quanto sedutor cujo experimentalismo se revelou condizente com o filme de culto homónimo de Leos Carax (estreado três décadas antes, em 1986) ao qual foram buscar o nome.
"LA FLORE", o primeiro de dois novos EPs confirmados, marca o regresso às edições esta sexta-feira, 22 de Novembro, e volta a convocar guitarras, violinos, harpa ou sintetizadores para uma reflexão sobre individualismo, violência ou ecologia.
Para 2025, em data a anunciar, está prometido "La Faune", e nos últimos meses já foram revelados dois singles, "Seine" e "Modèle". No primeiro avanço, Simond partilhou o protagonismo vocal com a violinista Ana Egorova. No segundo, a harpista Anouck Bizon também canta, contribuindo para o charme de um aperitivo que vai do sussurro à distorção e explosão, com flirts ao industrial e ao noise, enquanto ironiza sobre padrões contemporâneos e aponta a mira à dependência das redes sociais. O videoclip, realizado por Saunier, ajuda a fazer deste um portentoso cartão de visita para quem ainda não se cruzou com uma banda a seguir: