Na galáxia Minerva
Tem demorado, mas o mundo de Maria Minerva, quase todo dominado pela electrónica exploratória, começa a reforçar a sensibilidade pop. "Histrionic", o terceiro álbum da estoniana residente em Brooklyn, aí está para o provar, e nem precisa de abandonar as idiossincrasias dos anteriores (ou dos muitos EPs em paralelo) para se revelar mais acessível.
Se não haverá por aqui nada tão infeccioso como "Black Magick", o óptimo e inesperado single editado no ano passado, as primeiras impressões acusam já "Wolves and Lambs" ou "Galaxy" entre as faixas a pedir repeat. A segunda é a amostra oficial, mantém as comparações com os ambientes de Grimes que o EP "Bless" (2013) já sugeria - embora o álbum espreite outros, com heranças do hip-hop ou trip-hop - e tem um videoclip a captar uma Nova Iorque etérea e desacelerada, na linha da canção: