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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

No quarto de Irène

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Apesar de contar com uma licenciatura em Belas Artes e de ter considerado um percurso como fotógrafa, IRÈNE DRÉSEL acabou por escolher a música como ocupação prioritária, muito por culpa de uma paixão pelo techno que mantém desde o final da adolescência.

Não admira, por isso, que tenha sido a música de dança a motivar as primeiras composições da artista francesa, nos EPs "Rita" (2017) e "Icône" (2018), às quais se juntaram, este ano, as do álbum "Hyper Cristal". O alinhamento mais longo desse novo registo permite agora que as suas faixas, quase sempre instrumentais, sejam as mais ambiciosas e versáteis até aqui, partindo do techno dos primeiros dias rumo ao electro e a alguma IDM, entre a pulsão dançável e um experimentalismo enigmático.

A compositora e produtora confessa estar particularmente interessada no apelo melódico e físico da música de dança, entregando-se ao seu lado mais sensual e hipnótico, na linha de outros artistas que a desafiam: de James Holden a Nathan Fake, passando pelas conterrâneas Chloé ou Mathilde Fernandez.

O novo single, "CHAMBRE 2", sucessor de "Victoire", é uma porta de entrada intrigante para o seu universo, ao juntar um dos episódios mais imediatos do disco a um videoclip criado pela própria ao longo dos últimos meses - dos desenhos e ilustrações à edição. Tal como a canção, inspira-se no quarto de um hotel da Normandia, que se transforma aqui no cenário de uma trip de cores garridas e ambientes oníricos. Vale a pena entrar e partilhar a experiência: