Num filme sempre dream pop
Com "Hearts" (2011) e "Chiaroscuro" (2014), os I BREAK HORSES mostraram-se uma banda a ter em conta para adeptos de música entre a dream pop, o shoegaze e aproximações à synth-pop, em ambientes que derivaram de alguma colheita alternativa de finais dos anos 80 e inícios dos 90 - a dos My Bloody Valentine, Cocteau Twins ou Curve, alguns dos nomes que as canções da dupla sueca poderão lembrar.
Ao terceiro álbum, o cenário parece ser o de evolução na continuidade. "Warnings" deverá chegar a 8 de Maio e tem como aperitivo "DEATH ENGINE", mais um mergulho em texturas etéreas, com a voz encantatória de Maria Lindén a adaptar-se perfeitamente a essa atmosfera. E se o resultado não alarga fronteiras no cruzamento de géneros feito até aqui, deixa um belo primeiro passo para um regresso a acompanhar nos próximos meses.
Inspirado pela tentativa de suicídio de um amigo da vocalista e pela alta taxa de suicídio da Geração Z, o single apresenta um disco que, não sendo assumidamente político, tem ecos das tensões dos tempos de hoje, avança a cantora nas redes sociais. Mas também de alguns filmes favoritos da mentora do projecto, o que ajudará a explicar a carga cinematográfica deste primeiro avanço. O videoclip, em modo retro, turvo e esbatido, condiz com a vertente onírica da canção: