Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

O lado lunar de Luis Vasquez

the_soft_moon

 

A última noite do festival Paredes de Coura deste ano já seria recomendável só por Lykke Li e Ratatat, mas a organização esteve ainda melhor ao escolher THE SOFT MOON para fechar o palco After Hours.

 

Dificilmente se imagina cenário e horário mais propício para acolher a estreia do projecto de Luis Vasquez, que ao terceiro disco volta a deixar uma nova carta de amor (com canções de raiva e ódio) ao lado mais negro dos anos 80 e, desta vez, também de parte dos 90.

 

"Deeper" é um regalo para quem passou noites a ouvir Nine Inch Nails, Nitzer Ebb ou a faceta turva dos Depeche Mode, influências tão presentes que chega a ser tentador acusar o seu autor de plágio. Mas mais do que obra de copista, estas canções soam a disco de fã dedicado, com a escola toda nas cadeiras de gótico, industrial, cold wave, EBM ou pós-punk e capaz de lhes acrescentar capítulos do seu inferno pessoal.

 

Numa esclarecedora reportagem do Electronic Beats, o cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor californiano nem se importa de acumular também alguns clichés do artista torturado, a exorcizar traumas e angústias na música em busca de paz anterior. Tanto melhor para quem o ouve, e provavelmente também para quem o vê. Vasquez considera The Soft Moon mais um projecto artístico do que apenas uma banda e não menoriza o lado visual face ao sonoro. A união pode comprovar-se nos videoclips abaixo (80s e 90s novamente, via David Lynch ou Cronenberg) e no palco minhoto a 22 de Agosto: