Para não desistir da synthpop
Quando não está ao lado de Liz Wendelbo nos Xeno & Oaklander, Sean McBride dedica-se ao projecto a solo MARTIAL CANTEREL, também ele centrado nos universos da synthpop e da coldwave. Mas esta aventura paralela, além de dispensar a voz feminina, é ligeiramente mais nervosa e sombria, pegando nas pistas que uns Cabaret Voltaire ou Throbbing Gristle começaram a deixar há quatro décadas.
Depois de várias edições desde o início do milénio interrompidas no muito recomendável "Gyors, Lassú" (2014), o cantor, compositor, músico e produtor nova-iorquino regressou no final do ano passado com "Lost At Sea", álbum no qual mantém intactos os seus ambientes e influências. E nem precisa de trazer grandes novidades sonoras quando continua a mostrar-se um nome de confiança dentro de uma electrónica analógica, tensa mas dançável, com potencial para também ser abraçada pelos fãs dos Depeche Mode ou OMD.
"GIVING UP", o single mais recente, é uma amostra esclarecedora disso mesmo. E tem direito a videoclip apropriadamente nocturno realizado pela colega de McBride, Liz Wendelbo, enquanto convida a descobrir um dos bons discos esquecidos de 2017: