Raiva em formato dream pop
Desde o início da década, TAMARYN tem-se mostrado um dos nomes mais confiáveis na revisitação da dream pop e de algum shoegaze, ao longo de um percurso que já resultou em três álbuns e conta com um quarto a caminho - "Dreaming the Dark", agendado para 22 de Março.
Tendo em conta a primeira amostra do próximo disco, "FITS OF RAGE", o que aí vem parece ser a sucessão natural de "Cranekiss" (2015), com a música da neolezandesa a retomar pistas deixadas em finais dos anos 80 pelos Cocteau Twins, Kate Bush ou Curve - algumas também seguidas nos últimos anos pelos GEMS ou Them Are Us Too.
Mas se este está longe de ser território inexplorado, ainda pode ser fértil em boas canções. E TAMARYN deixa aqui mais uma para juntar a uma colheita estimável, da entrada das guitarras à conjugação com uma voz possante rumo a um refrão forte. O ambiente onírico sai reforçado no videoclip, realizado e protagonizado pela própria cantautora, que cruza as ideias de revolta e transformação da canção com o imaginário do tarot: