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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Não há desculpas para não aguardar este álbum

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Os SORRY começaram por se fazer notar ao irem fintando lugares comuns de algum rock de travo indie, numa aliança carismática de sentido melódico e curiosidade instrumental, e não parecem ter perdido essa frescura dois anos depois do álbum de estreia, "925".

Com o segundo longa-duração, "Anywhere But Here", agendado para 7 de Outubro, os britânicos apresentaram esta semana um avanço entusiasmante, como já o tinham sido  "There’s So Many People That Want To Be Loved" e "Let The Lights On".

Canção de (des)amor que se move entre a melancolia e a agitação rítmica, "KEY TO THE CITY" parte directamente do final de um relacionamento da vocalista e compositora Asha Lorenz, num retrato de volatilidade e vulnerabilidade tão cru como os londrinos nos têm habituado.

Inspirada nos universos dos Radiohead e Nick Drake, diz o grupo (embora essas influências nem sejam assim tão evidentes), resulta da tentativa de desenhar uma atmosfera mais cinematográfica e solitária. O muito conseguido videoclip, mais um dirigido por Lorenz e Flo Webb, ajuda a traduzir essa sensação, num cenário nocturno e urbano com o qual esta música se dá particularmente bem:

Uma canção para dar luz a tempos turvos

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Depois de terem precisado de alguns anos para editar o álbum de estreia, "925" (2020), os SORRY não vão demorar tanto a fazer chegar o longa-duração sucessor. "Anywhere But Here" foi anunciado esta semana, conta com co-produção de Ali Chant e Adrian Utley (dos Portishead) e tem lançamento apontado para 7 de Outubro.

Os britânicos já tinham regressado às edições no ano passado, com o EP "Twixtustwain", e também revelaram o single "There’s So Many People That Want To Be Loved" há poucos meses. Com a notícia do novo disco, divulgaram agora "LET THE LIGHTS ON", facilmente uma das suas canções mais orelhudas e optimistas, a deixar de lado parte do cinismo e do tom lacónico pelos quais o seu rock de travo indie se tem distinguido.

Canção de amor na qual o desejo de evasão é potenciado por uma pista de dança, tem ritmo à medida no convívio saltitante de guitarras, bateria ou piano e no entusiasmo da voz de Asha Lorenz e dos coros que a acompanham. Os saltos mantêm-se no videoclip, mas a agitação talvez não gere grandes réplicas num álbum que a banda descreve como mais áspero do que o primeiro. Aproveitemos esta luz enquanto dura, então: