Tempo de regressar (e de surpreender?)
É um dos primeiros álbuns editados este ano e chega já esta sexta-feira, 20 de Janeiro. "TIME'S ARROW", o sétima longa-duração dos LADYTRON, sucede ao registo homónimo do quarteto, que marcou um regresso em forma depois de um longo hiato, e traz as primeiras canções inéditas depois do 20.º aniversário de "604" (2001) e "Light & Magic" (2002).
Se nesses dois discos iniciais Helen Marnie, Daniel Hunt, Mira Aroyo e Reuben Wu (formação que se manteve intacta) inscreveram o nome da banda na pop electrónica mais aconselhável da viragem do milénio, nas últimas duas décadas têm-se mostrado à altura de um arranque memorável, respeitado e influente.
Essa longevidade também foi cristalizando uma personalidade que os três singles de avanço do novo álbum não desmentem... talvez até em demasia. "City of Angels", "Misery Remember Me" e "Faces" soam mais familiares do que inesperadas, sobretudo para quem acompanha o projecto nascido em Liverpool desde os primeiros tempos, mesmo que não soem nada mal quando o estatuto já é o de veterania. O instrumental sintetizado da terceira canção, em particular, é primo direito do de "Runaway", um dos temas de "Velocifero" (2008), mas talvez o alinhamento do álbum proponha cenários mais surpreendentes. Foi isso que aconteceu, aliás, com o disco anterior, cujos melhores momentos não foram revelados nos primeiros singles.
Até lá, fica o recém-estreado videoclip de "FACES", dirigido por Danirl Hunt, cujo óbvio baixo orçamento não encoraja grandes voos criativos (e a capa do álbum, admita-se, perde em toda a linha com qualquer uma dos anteriores):