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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Um nome a fixar na nata da música electrónica nacional

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OMA NATA iniciou 2021 com um dos primeiros lançamentos nacionais do ano, o EP "Console", e apresenta mais novidades na recta final. "PRAYER OF THE NIGHT", o novo registo do projecto Mário da Motta Veiga, volta a propor três temas que o confirmam com um dos nomes a fixar da música de dança feita por cá (ou entre cá e Berlim ou Londres), depois de outros EPs e do álbum "The Discovery" (2019).

Se o disco editado em Janeiro o encontrava num modelo mais contido e meditativo, que ofereceu uma das suas melhores canções ("Confusing to Her Feelings", a acrescentar uma voz feminina a uma obra habitualmente instrumental), o mais recente, mais uma vez com etiqueta da Forbidden Cuts (editora irmã da Discotexas), aventura-se por ambientes enigmáticos e sombrios. E às vezes inesperadamente agrestes, como na faixa-título, um episódio distorcido assente em techno de alma industrial e com um crescendo de intensidade a caminho do noise - num dos temas mais extremos de um percurso que já passou por cenários ambient, UK garage, downtempo ou aproximações a universos de bandas sonoras.

Resultado de um período de isolamento na Escócia, "PRAYER OF THE NIGHT" nasceu de experiências com equipamento analógico e sintetizadores para chegar a territórios mais densos e progressivos. Missão cumprida, e com a viragem sinuosa a passar também pelo videoclip do novo single, no qual a música de dança domina o corpo de um adolescente e abre caminho para um estado algures entre o êxtase e a catarse. Atenção que pode ser contagiante, sobretudo numa pista de dança (oficial ou improvisada):