Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Um regresso a festejar, entre Scissor Sisters e Sylvester

Jake_Shears_2020.jpg

Editado há dois anos, o álbum de estreia a solo de JAKE SHEARS, homónimo, era surpreendentemente recatado tendo em conta um percurso até então quase sempre festivo, ao lado dos Scissor Sisters. Não que o alinhamento não tivesse algumas canções dançáveis, mas nenhuma fazia sombra aos momentos mais efusivos da banda nova-iorquina que mantém o hiato criativo desde 2012.

O registo sucessor, no entanto, deverá ter uma proposta bem diferente, com uma atmosfera mais ritmada e enérgica, num concentrado de "pop dançável sinistra e distópica". É esta a descrição que o cantor apresenta para a nova fase, que corta com a vertente introspectiva para retomar a celebratória. E o primeiro single, "MELTDOWN", já aponta para esse caminho através de um fulgor disco infeccioso a cruzar guitarras, sintetizadores e um falsete reconhecível.

Composto em Nova Iorque num dia particularmente quente, é um tributo a Sylvester, que SHEARS destaca como uma das suas maiores referências vocais e espiriruais. Hot Chip, Cerrone, Prince e The Presets também são mencionados enquanto inspirações do tema, juntamente com David Bowie, cujo álbum "Diamond Dogs" (1974) deixou pistas para o que aí vem. Ao vivo, o efeito não parece ficar a dever nada aos melhores tempos dos Scissor Sisters: