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gonn1000

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Muitos discos, alguns filmes, séries e livros de vez em quando, concertos quando sobra tempo

Uma cruz com novos cruzamentos indie pop

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Precisamente dez anos depois da edição de "Interiors", o segundo álbum de GLASSER, há confirmação de um novo longa-duração da voz revelada em "Ring" (2010), ainda um belo exemplo de indietrónica e dream pop.

"Crux", agendado para 6 de Outubro, traz a primeira colecção de originais do projecto de Cameron Mesirow desde "Sextape" (2018), EP ainda mais experimental do que o habitual na sua obra ao se aventurar por relatos de encontros sexuais em modo spoken word.

Do próximo disco foram já apresentados três temas, todos a partir de um cruzamento de cordas e sintetizadores que tanto remete para os melhores (e mais inteligíveis) dias de Björk como para a sedução atmosférica dos igualmente saudosos School of Seven Bells.

"Vine" e "All Lovers" são amostras sugestivas, mas é "DRIFT" o avanço que mais convence ao entrar directamente para a lista de canções imaculadas da norte-americana. "What a good life / Except for all those times / When you want to die", entoa, e a combinação electroacústica que a acompanha também alterna entre a euforia e o negrume. Óptimo regresso, e provável pico de intensidade do álbum, com videoclip a reforçar o apelo à dança lado a lado com uma sensação de desnorte: